Nascida e criada na Zona Leste da capital paulista. Primeira de duas filhas de um simpático casal, pai de natureza calma, autodidata e mais introspectivo e a mãe, uma mulher forte, exigente e que sempre zelou pela organização. Com a chegada da minha irmã, aos seis anos, me tornei a irmã mais velha o que aflorou a necessidade de ‘ensinar’, de compartilhar. Aos oito anos, essa necessidade se transformou quase em uma obrigação quando, a pedido da professora, me tornei “monitora de classe”, e passei a ajudar as outras crianças com as dúvidas.
Sempre tive facilidade com tarefas que, hoje vejo, de alguma forma exigiam uma visão mais analítica. Entender como as coisas funcionam sempre foi como uma razão de existência. Me sentia extremamente motivada quando, de alguma forma contribuía para que as outras pessoas também entendessem.
Em 87 ingressei na FATEC – Faculdade de Tecnologia de São Paulo, para cursar Tecnologia em Processamento de Dados, naquela época não havia sequer banheiros femininos nos andares – havia apenas um, no térreo que atendia a secretaria. Acho que essa informação dá uma ideia clara do “cenário” da Tecnologia no Brasil no final dos anos 80, o que pasmem, apesar de terem se passado mais de 30 anos ainda é um cenário, relativamente, atual.